No dia do amor aqui estou
Perdido no mundo que fiz de mim mesmo
Contemplando a minha própria solidão
Desconfiando de minha sublime convicção
[ou não]
[ou não]
No dia das flores assim estou
Sem rosas, sem palavras de amor
sem brigas, ofensa e rancor
Só eu, meu ego, minha dor
[mas que dor?]
[mas que dor?]
Neste dia aqui estou
Unidade de um conjunto universo
Fração de um sistema complexo
Um número, apenas um número
[Fração?]
No dia da eterna confissão aqui estou
Confessando o que não aconteceu
o que se perdeu
e que se esvaneceu em mim
[...e em você.]
[Fração?]
No dia da eterna confissão aqui estou
Confessando o que não aconteceu
o que se perdeu
e que se esvaneceu em mim
[...e em você.]
Um comentário:
eu procuro as palavras certas nos poemas do mundo,
mas não sei se sou eu ou o mundo
que perdeu a poesia de si.
e deste modo aqui estamos nós (de novo)
deixados como um nada, além de ironias pobres (mas de bo gost)
em entrelinhas quase não habitadas.
Enquanto o café, os gatos e as condiçoes meteorológicas continuam a jorrar nossas peças em velhos clichês....
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